sexta-feira, 5 de março de 2010

Continuidade, O Teólogo do Espírito Santo

A Influência de Calvino na Confissão de Fé de Westminster

A Confissão de Fé de Westminster, adotada pela Igreja Presbiteriana do Brasil, foi elaborada no século XVII, quase um século após a morte de Calvino, por pastores e teólogos Puritanos, reunidos com este fim pelo Parlamento Inglês, na Assembléia de Westminster. O alvo dos eruditos ali reunidos durante vários anos era um só: formular de forma sistemática a doutrina bíblica, partindo dos princípios de interpretação herdados da Reforma. A Igreja Presbiteriana tem adotado essa Confissão como a expressão correta do ensino das Escrituras. Os seus autores foram profundamente influenciados por João Calvino. Esta influência se percebe claramente no ensino da Confissão sobre o Espírito Santo, e em especial, na relação do Espírito com a Palavra.
Assim, no seu capítulo sobre as Escrituras, a Confissão declara, nos melhores termos calvinistas, que a autoridade da Escritura não depende do testemunho do homem ou da Igreja, mas de Deus ( I, 4), que a nossa certeza da sua infalível verdade e autoridade divina provém do testemunho do Espírito Santo em nossos corações (I, 5), que à Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições de homens (I, 6). A Confissão reafirma, com Calvino, que é necessária a íntima revelação do Espírito de Deus para a compreensão salvadora das coisas reveladas na Palavra (I, 6), e que, finalmente, o Juiz Supremo pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser examinadas é o Espírito Santo falando nas Escrituras (I, 8).

Nenhum comentário:

Postar um comentário